terça-feira, 27 de setembro de 2011

A FELIZ IDADE

.
.
Completei este mês, 65 anos de idade. Agora, alcancei a maioridade, o quê me dá o direito de viajar nos transportes urbanos do Rio de Janeiro, sem pagar passagem. Tenho e me sinto com 65 anos. Repasso tudo que vivi, olho tudo que passei e concluo que poucas, muito poucas pessoas, foram tão felizes até aqui.

Minha felicidade é um legado enriquecido pela família que me formou e pela família que eu formei. Com AQUELA aprendi a percorrer a vida com humildade, simplicidade, honestidade, virtudes que fazem eu me sentir digno. Certamente, porque sou digno, e quando a isto, não há lugar para modéstia. Esse é minha afirmação como homem, minha condição como pai de família e minha posição como cidadão na sociedade em que vivo. Com ESTA, continuo enriquecendo minha vida e, a cada dia, me sentindo mais feliz.

Nestes últimos dias, as comemorações repicaram aqui e ali. Meus filhos, Alessandra e Thiago, com seus respectivos marido e mulher, Luiz Felipe e Patricia, me levaram para o tradicional almoço (que se repete há anos, embora, sem os mesmos parceiros, até porque Alessandra é casada há apenas dois anos, e, Thiago, apenas a um). Mas esse encontro teve um saborzinho diferente e gostoso, que é a proximidade do nascimento da minha primeira neta, Júlia, previsto para o limiar do mês que vem.

Nesta segunda-feira, minha mãe e minha irmã, Cléa Eunice, me convocaram para um almoço caseiro, com direito a bolo de chocolate, coberto com 'merengue fresco' como eu comia na minha infância - época que essas coberturas sofisticadas não masticáveis não existiam - velinha e "parabéns", com a presença das minhas sobrinhas-netas.

As ligações se sucediam. O carinho de queridos familiares e amigos deu o tom do dia. Isso é também compõe o delicioso legado que eu chamo 'felicidade'. E o mais delicioso disso tudo, é que esses gestos vêm se repetindo ao longo desses 65 anos, independente de datas tradicionais (aniversário, dia dos Pais, Natal etc.), pelos familiares e amigos com mesma generosidade e carinho.

Diante das notícias de fatos que infestam o mundo, resultando em vítimas inocentes e que entristecem nosso coração (como o fato que feriu minha família), Deus nos permite momentos de felicidade.

Do alto dos meus 65 anos de idade, agradeço a Deus, o privilégio de entrar no clube da feliz idade. E que me permita desfrutar, com saúde, paz e sorte, essa nova etapa o tempo suficiente para aprender o que não aprendi e ensinar o que não ensinei.

Obrigado, Senhor!