sábado, 22 de dezembro de 2007

Viagem ao meio do mundo

Ricardo Fonseca (D), editor da revista BEIJA-FLOR de Nilópolis - uma Escola de Vida, na foto com o fotógrafo romano Augusto Pedoni (E), brindou-me com o convite para conhecer Macapá, capital do Amapá, que completa 250 anos de fundação, justamente no dia 4 de fevereiro, quando a escola nilopolitana estará apresentando o enredo "Macapaba, Equinócio Solar, Viagens Fantásticas ao Meio do Mundo", embalado pelo belíssimo samba de J.Veloso, Gilson Dr, Cláudio Russo e Carlinhos Detran, que lá pelas tantas manda o inspiradíssimo verso "..quem foi meu Deus, que fez do barro poema/e que fez o Criador se orgulhar?" numa homenagem aos ceramistas locais, prováveis precursores da arte marajoara.


Foi uma estadia maravilhosa, na Pousada Ekinox, anexa ao consulado francês, e uma agenda cheia de compromissos oficiais, isto é, cheia de...trabalho, porque o motivo da viagem era fazer reportagens sobre a capital amapaense. E também cheia de compromissos extra-oficiais, que foi o de, unindo o útil ao agradável, passear e curtir a cidade. Inclusive, diga-se de passagem, curtir a festa dos 50 anos dos compositores, músicos e interpretes Joãosinho Gomes e Val Milhomem, que recebiam entre outros - num total de 50 artistas da região e de fora dela - como Sá (sem Guarabira, que perdeu o vôo), Janec Duboc, Sebastião Tapajós, Lulih e Lucinda, Leci Brandão e ...Thiago de Mello, que recitou uma obra-prima da literatura e poesia, o seu "Estatuto do Homem", durante o show em homenagem a J.Gomes e Val, realizado na Fortaleza de São José de Macapá, guardiã do Brasil colonial.


O prefeito João Henrique Pimentel e sua mulher, a deputada federal Lucenira Pimentel, abriram as portas da casa oficial e receberam-nos com fidalguia e hospitalidade. À noite, o prefeito Pimentel - muito cumprimentado pela população, levou o trio para conhecer a orla do maior rio do mundo, o Amazonas. Antes de deixarmos a casa, o prefeito brindou a todos com peça (acrílico sobre tela), pequena, porém expressiva, do artista-plástico Wagner Ribeiro, denominada Lagoa dos Índios.


Quem também recebeu o trio, foi Alberto Pereira Góes, pesquisador, historiador, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae e Secretário Especial de Desenvolvimento Econômico, que está empenhado em fixar um conceito de identificação para o Estado - a Amapalidade, através da sua produção artística, cultural e científica. Ele ressalta as peças de cerâmica amapaense, reconstituídas em pesquisas nos já reconhecidos sítios arquiológicos, como precursoras da cerâmica marajoara. Defende a preservação da selva amazônica, que absorve quase 70% do estado e, especialmente, estimula os investimentos na pesquisa da fauna e flora, que já resultou na vela de Urucuri - repetelente aos mosquitos aedes e anophelles, da dengue e malária, descoberta pelos professores do Instituto dePesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), que produz diversos outros produtos como os sabonetes (glicerina) de Jucá, Copaíba, Andiroba, etc. cicatrizantes, antiflamatórios e antisépticos; as tinturas de Alho,Gengibre e Gergilim (para tratamento da circulação e hipertensão), Muirapuam (reumatismo), Pariri (anemia), Veronica e Barbatimao (inflamações uterinas), Pata de vaca (controle do diabetes), entre outros.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Minha filha,

Você teve uma grande avó, Rosa, e tem outra, vó Maria, além de sua mãe, todas pessoas grandiosas, que foram e são exemplos de mulheres, mães e cônjuges, que toda a filha pode seguir. Essa é uma das mais nobres missões que Deus deu à sua mãe e avós. Esse é o grande legado elas passaram para Você.
Você testemunhou, aprendeu e, com seu arbítrio, escolheu entre todos os exemplos que elas demonstraram, aqueles que norteiam seu presente e nortearão seu futuro. Com alguns desses exemplos, você forjou uma personalidade inquestionável, lapidada com esmero até se transformar num verdadeiro diamante vivo que reflete sempre o brilho do melhor que Você tem, como pessoa, filha, irmã, neta e amiga dos seus amigos: caráter!

Na carona da vó Maria, creio que agreguei valores. E, sem modéstia, acho que colaborei, ajudei e somei. Se não foi bem assim, dê o justo desconto, porque à elas você deve permanente gratidão. Beijos.

Felipe,

É fácil entrar, ficar e sair de uma família. Sair dela, felizmente, só é díficil quando o vínculo é maior do que todas as crises. Nessas ações não interferimos, questionamos, ou fechamos a porta. Mas estaremos sempre apostos para compartilhar e dividir responsabilidades.
No seu caso, foi fácil chegar a nossa família, portanto torcemos que seja tão bom ficar nela e só deixá-la se Deus assim quiser. Sabemos das suas origens e da admirável família de onde Você vem. Seja bem-vindo.

Pedimos para a luz do Criador iluminar, como fez até aqui, essa nova fase de vida que se anuncia para Você e nossa Alessandra. Temos fé em Deus, que vai iluminar, abençoar, guardar e proteger Vocês, hoje e sempre.

Saúde, paz, sorte e felicidades!!!


23 Nov 2007
Livro de presenças

sábado, 13 de outubro de 2007

A esperança está no ar
1. O poetinha maior, Vinicius de Moares, disse que os bares estão cheios de homens vazios. Sem querer contrariar, acho que os bares também estão cheios de homens cheios de esperança. Eles não bebem p’ra esquecer, mas para, quando, de repente, curados do porre, se redescobrirem e gritarem para si mesmos e para o mundo: “Estou vivo!”, “Estou vivo!”
2. O Bar Esperança, o último que fecha, do filme de Hugo Carvana, o mais carioca dos cineastas, não sei se existiu mesmo. Digo como locação, pois o cenário lembra muito o centenário Bar Luiz , da Carioca, ou mesmo a antiga Cavé (hoje totalmente remodelada e diferente sem perder seu estilo). Se o Bar Luiz, nem a Cavé foram locações da fita, provavelmente o cenário foi inspirado num desses muitos bares da Cidade, que naqueles sofridos anos 70/80, abrigavam todas as angústias e aflições da população. Felizmente, o espírito carioca, sobreviveu apesar da mordaça que a Revolução Redentora impunha a todos.3. Muitos bares daquela época não fechavam. Até fechavam, porém quem estava dentro até podia sair, mas quem estava fora não podia entrar, como o Antigamente, em Botafogo. Tinha os que não fechavam mesmo porque não tinham portas, como o Carlitos na Lagoa, o Mamma Mia na Prado Junior, funcionando direto. O que inventou o mote, e ficava ali no Leblon, na Cupertino Durão, só conseguia amanhecer aberto por que não tinha portas, mas encerrava o expediente cedo.
4. O Antigamente foi um dos últimos bares onde Clara Nunes passou antes de subir p’ro andar de cima, depois de um show no Teatro Opinião, como atração da “Noitada da Samba”, promovida por Leonides Bayer e Jorge Coutinho. Não é um dado biográfico, por isso não deve estar no recém lançado livro do jornalista Wagner Fernandes, com prefácio de José Louzeiro, “Clara Nunes – Guerreira da Utopia” (Ediouro, 372 pgs, R$ 49,90).

5. Nas mesas de bares, os poetas se revelam no torpedo entregue pelo garção à paquera, com o número do telefone ou uma declaração de amor rabiscada no guardanapo. É na mesa de bar, onde os planos são plantados na alma, p’ra não sofrerem solução de continuidade. A esperança é combustível para o sonho não parar pelo caminho. Nos bares, daqueles tempos, a esperança estava no ar, tinha sabor de cerveja e cheiro de fumaça. E gordura. E saía arrastada e cambaleando pela manhã afora, sol na cara e olhos semi-cerrados. O porre podia ser curado com um mergulho no mar ali em frente, com roupa e tudo, mas a esperança se mantinha viva e guardada nos recônditos do cérebro para despertar no coração e na alma daqueles que não nunca desistem do sonho.

sábado, 21 de julho de 2007


Nayara Ribeiro, da equipe feminina de natação, que deu banho de beleza e de medalhas no PAN-AM Rio 2007.
A vida é bela!?...

...mas, às vezes, machuca a alma da gente, de saudade. Ao longo dos seus 59 anos, o Barão do Fragata derramou muitas lágrimas, muito mais de felicidade, do que de tristeza... embora tenha feridas, que continuam abertas e doendo dentro do peito... que acredita não cicatrizarão nesta existência. Sabe que outras feridas poderão ser abertas até o fim de sua existência, é função do destino que segue e, por isso mesmo, sua trajetória é naturalmente previsível.


2. Quando era criança em Pelotas, cidade onde o barão também tem passagem de vida que contarei adiante, - viveu o melhor Natal de sua infância.
Em 1945, a família do barão chegou à terra do pêssego, plantada às margens da Lagoa dos Patos – a maior do país como se aprende nos livros de geografia, já no primário. A cidade ficava longe das águas salgadas do Laranjal, a praia mais freqüentada da lagoa. Um dia o pai pegou a família embarcaram num ônibus velho e lá foram passar o domingo na praia. As ondas eram gigantes para o guri. Possivelmente, mal comparando, seriam marolas diante de uma onda dessas que os surfistas perseguem no Hawaí ou Austrália. Uma vez que, até hoje, nunca soube de surfistas que buscassem pelas “ondas gigantes” no Laranjal. Mas, na impressão do guri ficou a imagem do gigantismo das ondas que poderiam engolir a cidade inteira. Felizmente, morava bem longe da praia.
3. Praia para lá, Laranjal para cá, em casa tinha um grande pomar. O terreno era dividido por duas cercas; na frente ficava um jardim e o imóvel, logo em seguida; na parte seguinte, ficava a horta (em todas as casas em que moravam, o pai sempre providenciava uma, na qual não faltava alface, couve, cheiro verde, tomate e outras verduras e legumes da estação. Obviamente, que para algumas dessas plantas os guris faziam cara feia para comer, como acontece com todas as crianças em qualquer lugar. Nesse espaço, tinha também um cercado para as galinhas... era infalível. Por último, o pomar, com muitas laranjeiras, pés de bergamotas e... pêssegos. Pelotas é a terra do pêssego. E do doce. De pêssego.

Na lateral, em todo o comprimento da casa, uma bela parreira se esparramando sobre o caramanchão, formando uma bela sombra. No verão, a parreira ficava cheinha de uvas pretas e brancas, bonitas, cheirosas que davam água na boca. Após o almoço, o cabo-professor pegava uma bacia grande, com água, ia rebentando penca por penca, até encher o vasilhame com enormes cachos carregadinhos de uvas, o suficiente que todos comessem até se fartar, ali mesmo sob a sombra da parreira... os mais velhos sentados em cadeiras, e a gurizada nos bancos....

4. O barão lembra um dia. Era véspera de Natal de 52, a família toda reunida debaixo da parreira, depois do almoço, saboreando diretamente do pé, as uvas... Inesperadamente chega um grupo de visitantes, do Instituto Salles Goulart, do qual o cabo era aluno-e-professor, que manda um dos guris abrir o portão... Com um “adelante”, o colega-aluno-professor convidava a todos para se juntarem à família. O cabo-professor, ou vice-versa, sempre gostou de receber visitas... quando não muito tinha um chimarrão para oferecer... ali e aquela ocasião, tinha uvas... Cadeiras para todos, a bacia de uvas a alcance de todas as mãos. O professor-aluno tinha uma diplomacia que lhe era natural... tinha sorrisos de boas-vindas e assunto para manter todos a sua volta... Os visitantes chegaram cheios de embrulhos. Não lembra o barão de curiosidade, por parte dos guris, com relação aos pacotes... mas o conteúdo logo encheu os olhos e o coração dos guris de felicidade... Eram carrinhos, carrocinhas, trenzinhos artesanais, de madeiras e coloridos, que os colegas do professor-aluno traziam para eles... Sei que distribuídos os presentes aleatoriamente os guris esqueceram as uvas – que lá estariam penduradas esperando serem consumidas a qualquer tempo e hora, e sumiram pelo pomar para brincar com os regalos que ganharam. O barão tem esse como o primeiro Natal que tiveram presentes, diríamos, de loja, embora artesanais.
5. Ailto, 5 anos, o barão, 4, e Aloísio, 2, com seu problema de surdez por conta de uma trovoada que lhe tirara o sentido da audição – Arcanjo ainda era bêbe - sempre tiveram caminhões e carrinhos feitos pelo irmão mais velho, Alver, 9, um habilidoso desenhista, que chegou a fazer curso de desenho por correspondência. Mas também era bom em trabalhos manuais e todos os presentes que tinham, até então, foram confeccionados graças à vocação, ao talento e à boa vontade do velho irmão. Talvez nunca tivessem feito justiça a essa sua generosidade, mas certamente ele, com sua sensibilidade artística, também apreciou os carrinhos de brinquedos de madeira, com ripinhas verdes e vermelhas, que os colegas do professor-e-aluno do Salles Goulart, presentearam-nos... O barão lembra que o irmão veterano catava caixas de marmelada para fazer a carroceria, com toco de saibro tinha o motor, com pedaços do cabo de vassoura, os eixos, das latas de sardinhas, a cabine, e as chapinhas de refrigerantes eram para enfeitar... as rodas, o guri não lembra de que eram feitas...
A paixão do veterano irmão é coisa viva até hoje. Formou-se em administração... circunspecto, amadurecido à força, não brincava com os guris... tomava conta de, fazia os brinquedos para, levava todos ao cinema, sai para vender quitutes no quartel, sempre com a responsabilidade de cuidar dos menores... nunca perdeu a sensibilidade para o desenho e para as artes manuais... Depois, os aviões passaram a ser sua grande paixão... encomendava o material pelo correio e montava belos modelos...colecionava figurinhas de aviões...empolgava-se com os modelos futuristas... Hoje, paga um tributo, como contribuinte-colaborador, para integrar a associação dos admiradores de aviões e mais do que isso, é voluntário, como responsável pelo setor de aeromodelismo, no Museu Aeroespacial dos Campos dos Afonsos no Rio de Janeiro...
Rio, 22/02/04

terça-feira, 3 de julho de 2007

PENSAMENTO VIVO do CONDE DE SARACURUNA

1. "O povo é o carrasco do povo";
2. "Não faço hoje o que posso fazer amanhã. Não deixo p’ra amanhã o que deve ser feito hoje";
3. "Eu sou a ovelha branca da família";
4. "A solidariedade pelo bem é o "corporativismo" dos justos";
5. "Não vou p’ro inferno, porque não sou bandido; nem vou p’ro céu, porque não sou santo";
6. "A versão oficial tem pernas curtas".

domingo, 1 de julho de 2007

MUITAS EMOÇÕES

ROBERTO CARLOS recebeu o músico Paulinho Botelho e sua mulher, Nilma, após o show do Canecão. Paulinho dedicou ao Rei, a atuação da orquestra pró-samba nilopolitana, quando foi anunciada a vitória da Beija-Flor como campeã de 2007. Mestre Paulinho vai reger a grande bateria (com integrantes de todas as escolas) no show de abertura dos jogos do PAN-AM, dia 13 de julho, no Maracanã.
SAUDADE É LEMBRANÇA DOÍDA

1."Sabei-lo", como diria Álvaro de Azevedo, a lembrança é saudade gostosa. Estive na nova taverna, La Fiorentina, que fica na avenida Atlântica - onde Copacabana chama-se Leme, a boêmia era romântica e a violência passava ao largo. Aconteceu o seguinte: senti uma saudade danada, daquele tempo. O La Fiorentina era templo dos artistas e intelectuais - cujos sobreviventes figuram em nomes rabiscados nas colunas que sustentam o novo, iluminado e espaçoso restaurante. Eliana Pittman, Carlos Leonam, Ulisses Cruz, Martinho da Vila, Billy Blanco lá estão em assinaturas - que vejo de onde estou, - quando não, lá estão nominando pratos, ou ainda, em carne e osso. Bateu saudade do antigo La Fiorentina. Doeu-me algumas lembranças. Saudade é lembrança doída. Fez reaparecerem todos fantasmas que se agitam no âmago da noite grande, porque na verdade eles não abandonaram as mesas da/do Fiorentina, até porque, como diz o poeta maior Luís Pimentel, "os que bebem o sereno não padecem de azia" (no livro "O Calcanhar da Memória"- poema "Central do Brasil" - pág. 33 - ed. Bertrand Brasil).

2. Flash back. Na mesa de canto na esquina da varanda, Edu da Gaita devora mais um cigarro (deve ser o terceiro maço do dia ou o primeiro da noite que ainda é criança). Foi Radamés Gnatalli quem fez o arranjo de "Moto Perpétuo" para harmônica e orquestra, que levou a gaita de Edu aos palcos internacionais mais sofisticados; ao seu lado, o jornalista Gilmar Torres - que me levou para o velho "Diário de Notícias" contanto suas histórias e piadas; Adonis Karan, o homem dos festivais de Carnaval e universitários (ainda na Tupi), com um enigmático sorriso e atento aos papos; Wagner Montes, com sua taça de vinho, oferecendo um copo a mim e à radialista Ivone Motta - abre parênteses: "Seco ou suave, o amor é uma taça de poesia" ( "O Calcanhar da Memória" de Luís Pimentel - "Brinde" - pág. 21 - ed. Bertrand Brasil), fecha parênteses - e falando do seu sucesso na Rádio Petrópolis onde começou carreira; a bela Ana Paula e Wilton Franco (diretor de sucesso com "Essa gente inocente", "Os Trapalhões" (ambos na Tupi e depois Globo) e "Aqui e Agora" (SBT); Daniel Filho, Jece Valadão, Norma Benguell, Ana Maria Kryesler , Michele Naili, Chico Anísio, Soninha Montenegro, Dedé Santana, Mauro "Zacarias" Gonçalves, Waleska, Cláudio Cunha, Simone Carvalho, o genial Glauber Rocha, Fernando Resky, Alcione Mazzeo, Hugo Carvana, Denise Bandeira, Carlos Imperial e suas lebres, o elenco de suas peças... enfim, cineastas, escritores, diretores de teatro, artistas e jornalistas do primeiro, segundo e até terceiro time (até porque, vivos e mortos, todos merecem um pedacinho do céu) iam ao La Fiorentina para verem e serem vistos ...

3. Haroldo, o recepcionista, que conheço de priscas eras (estamos falando de passado) pergunta por Roy Sugar e Sieiro Netto (dois saudosos amigos colunistas de quem fui colaborador). Ele comemora o sucesso atual da casa, uma vez que a nova clientela - não menos bonita, porém menos barulhenta - pede um champanhe em vez de coca-cola. Na entrada da nova casa, dois belos leões-de-guarda - que não lembro se são daquele tempo, e no calçadão, uma estátua, esta sim recente, de Ari Barroso, estão lá vendo o tempo passar...

4. O cardápio do La Fiorentina homenageia seus habituais freqüentadores, assim se pode saborear delícias batizada como o nome deles: que tal abrir os "trabalhos", como diria Roy Sugar com uma "Calabresa acebolada Arthur Proener", acompanhada do "Couvert Buza Ferraz" - pizza branca, torradas, focaccia e bolinhas de manteiga; e fui mais além, pedi "Camarão ao alho e óleo Max Nunes", tudo pra acompanhar o chope tirado na medida (dois dedos de colarinho). Fiquei nisso, mas tem as saladas à Camila Pitanga, Ana Cristina Reis, Ricardo Boechat, as pizzas à Scarlet Moon, Márcia Peltier, Adriana Lessa, Rodrigo Santoro, as massas alla Ana Paula Arósio, Ancelmo Góes, Maitê Proença, Nelson Hoineff, Anna Maria Ramalho, os risotos à Tônia Carrero e Debora Falabella, enfim um monte de gente conhecida, bonita e inteligente e alguns dos quais sou fã, nominando as delícias vindas da cozinha. O cardápio, em forma de jornal, em papel reciclado, é para o cliente levar para casa. Traz notícias culturais. Foi bem!

5. Enquanto aguardo o táxi da minha fiel escudeira das noites boêmias, Alba, que me leva para casa, são e salvo, a saudade - essa lembrança doída, bate mais forte. Cantarolo pra mim mesmo (assim não cometendo a maldade de, em desafinando, ferir ouvidos próximos e alheios), "A noite do bem meu bem" - de Dolores Duran e Antonio Maria, a quem lamento não ter conhecido, - seguem-se, automaticamente, "Modinha" e "Naquela mesa" de Sérgio Bittencourt - jornalista, poeta e boêmio que gostava mais do chique Monte Carlo (quase ao lado do Copa), mas morava no Leme, e depois vem à memória a melodia e os versos de "Hoje" de Taiguara, que fez da boate Fossa (no Lido) sua trincheira contra a Redentora... e traído pela saudade, as lágrimas chegam furtivamente e afogam as meninas dos meus olhos, perdidas na imensidão enluarada da madrugada vadia...

6. Como diz o poeta Luís Pimentel, "a memória guarda mais prantos que os cemitérios" (no livro "O Calcanhar da Memória" - poema "Sepulturas", pág. 53, ed. Bertrand Brasil). A propósito, lançado na livraria DaConde, em noite deliciosa, com outro poeta - Salgado Maranhão - lendo os poemas do Pimenta.

sábado, 30 de junho de 2007


Joana Cortez é a número 1


Rio de Janeiro /RJ (noticiasdafonte.blogger.com.br) – Joana Cortez – única tenista carioca a conquistar medalhas de Ouro Pan-Americanas,– uma, em 1999 (Winnipeg/Canadá) e, outra, em 2003 (Santo Domingo/Republica Dominicana), é a número UM, entre jogadoras brasileiras, na classificação mundial de duplas, segundo último boletim da Women's Tennis Association (WTA), divulgado dia 15 de junho de 2007.


Atualmente, Joana é atleta do São Paulo FC e CETECAMP (conta com o apoio da Adidas/Sapólio Radium). A tenista carioca acaba de ser convocada para participar dos Jogos do PAN-AM 2007.
Uma carreira em ascenção

Hilton Castro, diretor teatral e coreógrafo da Beija-Flor de Nilópolis, retoma sua carreira de ator. Além de estrelar os comerciais da Skol, para o qual sugeriu o jargão "redondia" e foi alçado da equipe de produção para o elenco, como o intérprete do garçon que aparecia nas mais inusitadas situações oferecendo a cerveja; e, recentemente, estrelou para a Dreher, por conta do hilário cobrador de ônibus que interpretou em a "A Diarista", que o contratou para mais um programa, com possibilidade de virar personagem fixo. Ele também pontificou como um dos sertanistas (barqueiro) do seriado de Glória Perez sobre "Chico Mendes".

Há dois meses, Hilton se encontra em Cangas, interior de Mato Grosso, próximo à Cuiabá, onde faz seu primeiro filme como ator: "Um homem mau, dorme bem", de Geraldo Moraes, ao lado de Paulo José, Mariana Nunes e Chico Diaz,o "Jardel", de "Paraíso Tropical".

Como maquiador, Hilton integrou a equipe premiada do filme "Olga", que recebeu o Prêmio TAM de Cinema, de melhor caracterização.

domingo, 24 de junho de 2007

O verdadeiro perfil do Barão

O Barão do Fragata emergiu das colunas sociais – como um boto cor-de-r0sa, em noite de lua cheia, – pra beijar a debutante mais bela dos salões elegantes e se tornou um personagem permanente - e invísivel - de festas sofisticadas e acontecimentos mundanos que fazem a vida mais alegre e a sua missão mais prazeirosa. Se fosse um personagem real, assumiria a identidade do seu criador, de origem sulista. Virou Barão, por ossos do ofício, e do Fragata, em homenagem ao bairro pelotense, onde seu padrinho nasceu.

Portanto, donzelas militantes e casadas invictas, a sorte pode estar espreitando-as, no próximo compromisso social, e o boto, digo o Barão do Fragata, pode surgir, de repente, não mais que de repente, para dançar uma valsa de Strauss, brindar com um MoetChandon e carregá-la nas asas do encantamento, que só os sedutores conseguem carregar, porque se deixam levar pelos olhares fatais, pelos gestos sensuais e pelos corações cativos das mulheres que têm beleza de corpo e alma.

E se o Barão não for enredado por essas fadas, certamente, estará atento aonde encontrá-las, por que, onde quer que elas estejam, a vida é uma maravilha.

P.S: De quebra, o Barão não se furtará de postar tudo que rola em torno dessas belezas, dos seus prazeres e tramas do cotidiano, nem se furtará de registrar suas opiniões, críticas e reclamações.

Bom dia, dia!

Só p'ra vocês sacarem quem é quem, lá vai um ping-pong com o Barão do Fragata, titular deste espaço, enquanto lhe for permitido.

1 - Um sonho de consumo?
– Comer se preciso for, beber sempre. E nunca dirigir.

2 - Um simbolo sexual?
– Ieda Maria Vargas, miss RS, Brasil e Universo. E, nem precisava tanto.

3 - Uma tentação?
– Uma maçã, uma eva e um champagne.

4 - Qual a sua maior virtude?
– Só os amigos reconhecem.

5-Qual seu maior defeito?
– Só as vítimas dele é que sabem.

6- Um pecado capital?
Gula.

7-O que escreveria em sua lápide?
– Vim ao mundo a passeio.