domingo, 24 de maio de 2009

50 ANOS

Cinco Estrelas na Noite do Rio*

Rio, 1983 – Conhecia o jornalista João Bosco, o poeta da noite, das badalações noturnas em que o concurso da imprensa se fazia indispensável. Assessor de divulgação da publicidade Certa, que detinha o monopólio dos anúncios de entretenimento, graças ao que os grandes jornais – O Globo, Jornal do Brasil, Diário de Notícias, Correio da Manhã, etc. - conseguiam pagar o décimo terceiro em dia, tínhamos que dar manutenção direta aos clientes e aí a ronda era mais por obrigação do que por ofício. Isso não impedia o filho da D. Toquinha, unir o útil ao agradável. Ia a quase todos os lugares todos os dias. Estréias de peças teatrais, filmes e musicais, lançamento de livros e discos, exposições, inaugurações, etc.
Esbarrávamos constantemente. Um dia, ele me convidou para a festa dos “Cinco Estrelas da Noite Carioca”, em que homenageava os profissionais e personalidades notívagos. Era a oitava edição do prêmio e entre os homenageados lá estavam a promotora de eventos Ana Maria Tornaghi, o playboy Jorginho Guinle, o cineasta Carlinhos Niemeyer, Tuca da Frigideira (ritmista da Mangueira), os jornalistas Paulo Stein e Oldemário Touguinhó, maestro Macaé, Ellen de Lima e a recém chegada estrela do Olímpia (Paris) show-woman Watusi. Eram alguns dos laureados. Carlos Bianchini, hoje diretor da rádio Livre, AM 1440, era o mestre de cerimônia. Mais que de repentemente, Bianchini me convoca para paraninfar um dos laureados , o maitre Souza – que eu conhecera no Antiquarius, ainda hoje um dos melhores restaurantes da cidade. Entre os padrinhos lá estavam também Iris Lettieri, Iolanda Costa e Silva, João “Braguinha” de Barro, Elizeth Cardoso, Pery Ribeiro, Herivelto Martins, o “cafajeste” Mario Saladini, mais e mais, que anteriormente ou depois, também estiveram na condição de laureados.
Semana seguinte, a convite de João Bosco, passei a integrar a equipe de colunistas do Copacentro, escudado na competência jornalística de Ayrton Baffa (do Estadão/SP), prêmio Esso de jornalismo, de Sandro Moreira com suas histórias de futebol, e Marina Massari, que temperava suas crônicas com amor. A coluna Miro Lopes Especial fixou-se na página 4 e estreou no dia 27 de dezembro daquele ano.
Seguiram-se mais vinte anos de festas e coluna.

*Texto do livro "Vim ao Mundo a Passeio", comemorativo dos 50 anos de jornalismo deste blogueiro.

Nenhum comentário: