sexta-feira, 3 de abril de 2009

Anos 60

Chegando a Cidade Maravilhosa....

Rio de Janeiro, 1961 – Desembarquei na Praça Mauá num sábado de Carnaval lá pelo meio dia. Trazia uma carta com orientações sobre o trajeto – avenidas Rio Branco, Presidente Vargas, Praça da Bandeira, Quinta da Boa Vista – que me levaria ao meu novo destino Visconde de Nictheroy – e mais recomendações sobre os cuidados com o taxista, já àquela época famosos por fazerem “turismo” com os incautos que chegavam à cidade. Informava a carta, o valor aproximado da corrida. Conferi com o motorista quanto teria de pagar. Estava dentro do previsto. Embarquei e comecei a conviver com, até hoje, um dos maiores problemas urbanos cariocas, o trânsito. Ontem como hoje, graças ao desrespeito dos motoristas às leis e, incompetência a parte, a omissão das autoridades. Isso tudo, entretanto, amenizado pelo fascínio de ver a multidão extravasando sua animação pelas ruas, todo mundo fantasiado, como eu só vira nas páginas de O Cruzeiro e nas reportagens do Canal 100, do “cafajeste” e flamenguista Carlinhos Niemeyer. Blocos alegres e barulhentos surgiam de tudo que era canto. Mascarados surpreendendo e brincando com desconhecidos.


Texto para o livro "Vim ao mundo a passeio", comemorativo dos 50 anos de jornalismo do repórter que vos fala

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